A indústria de lubrificantes tem se reinventado para atender às crescentes demandas por soluções mais sustentáveis e alinhadas com as regulamentações. Filipe Arges Cursage, fundador e diretor de marketing da Menzoil, tem sido uma referência nesse processo, guiando a empresa por meio de inovações que atendem às exigências ambientais e ao mesmo tempo fortalecem a competitividade no mercado. O cenário atual exige que as empresas do setor não apenas se adequem às novas normas, mas também aproveitem as oportunidades que surgem com a implementação de práticas mais responsáveis e ecológicas.
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Quais são as principais regulamentações ambientais que afetam a indústria de lubrificantes?
O Brasil possui um conjunto robusto de regulamentações que orienta a produção e o descarte de lubrificantes, com ênfase na sustentabilidade. As resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) e da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) são fundamentais nesse processo. A Resolução CONAMA nº 362, por exemplo, estabeleceu diretrizes para o gerenciamento de óleos lubrificantes usados ou contaminados, com foco na economia circular e no rerrefino, processo responsável pela reutilização desses óleos. Para as empresas, isso implica a obrigatoriedade de coleta e a busca por soluções mais eficientes para o tratamento e reaproveitamento desses resíduos.
Além disso, a ANP desempenha um papel crucial ao regular a produção e comercialização de óleos lubrificantes. A Resolução ANP nº 804/2019, por exemplo, exige a obrigatoriedade de rótulos informativos e o cumprimento de padrões de qualidade internacionais, como os do American Petroleum Institute (API). Isso não apenas garante a conformidade com as normas de qualidade, mas também incentiva a adoção de práticas mais sustentáveis e eficientes, refletindo uma tendência global de maior responsabilidade ambiental.
Como as empresas estão se adequando às novas normas de sustentabilidade?
A adaptação das empresas de lubrificantes às normas ambientais exige investimentos em inovação e em práticas de produção mais eficientes. Para garantir a conformidade com as regulamentações, muitas empresas têm investido em tecnologias de rerrefino e em processos que minimizem a geração de resíduos. Além disso, a rastreabilidade dos produtos tem sido uma prioridade, permitindo que as empresas acompanhem o ciclo de vida dos lubrificantes desde a produção até o descarte. Conforme explica Filipe Arges Cursage, fundador da Menzoil, para estar em conformidade, é essencial que as empresas integrem práticas ambientais de forma transversal em todas as suas operações, desde o desenvolvimento de novos produtos até o tratamento adequado dos resíduos.
A busca por soluções sustentáveis também reflete as novas demandas do mercado. Com a crescente pressão dos consumidores e das autoridades para reduzir os impactos ambientais, as empresas têm se empenhado em desenvolver lubrificantes mais ecológicos e em adotar práticas de produção mais verdes. Isso não apenas melhora a imagem corporativa, mas também abre portas para novos mercados, onde a sustentabilidade é vista como um diferencial competitivo. As regulamentações, portanto, não apenas impõem desafios, mas também criam oportunidades para inovação e para o crescimento sustentável do setor.
Qual o papel do compliance ambiental na indústria de lubrificantes?
O compliance ambiental é crucial para garantir que as empresas de lubrificantes operem de acordo com as normas legais e também para fomentar uma cultura de responsabilidade ambiental dentro das organizações. Para cumprir as regulamentações, muitas empresas têm investido em sistemas de gestão ambiental, como a ISO 14001, que auxilia na implementação de práticas sustentáveis. Além disso, é fundamental que as empresas desenvolvam políticas internas robustas para assegurar a conformidade contínua, adaptando-se a mudanças na legislação e a novas exigências do mercado.
Na Menzoil, Filipe Arges Cursage afirma que o compliance ambiental vai além do cumprimento das normas; ele é parte integrante da estratégia de negócios. As empresas que adotam políticas de sustentabilidade não só garantem sua legalidade, mas também contribuem para a preservação do meio ambiente, reduzindo seus impactos negativos e promovendo práticas mais responsáveis ao longo de toda a cadeia produtiva. O investimento em tecnologias de sustentabilidade, como refino e a produção de lubrificantes com menor impacto ambiental, é um passo importante nessa direção.
Transformação sustentável
Fica claro, portanto, que a indústria de lubrificantes está passando por um processo de transformação devido ao aumento da regulamentação ambiental e à crescente demanda por soluções sustentáveis. Empresas como a Menzoil, liderada por Filipe Arges Cursage, têm se adaptado com inovação e compromisso para atender às normas, garantindo a preservação ambiental e o cumprimento das leis. A conformidade com as regulamentações, como as estabelecidas pela CONAMA e ANP, é essencial para a continuidade das operações e para o crescimento do setor, que se beneficia não apenas da regularização, mas também da oportunidade de se destacar no mercado com produtos mais sustentáveis.