Segundo Teciomar Abila, o planejamento financeiro familiar é a base para a segurança e a realização de objetivos de longo prazo. No contexto econômico atual, marcado por flutuações de juros e inflação, a simples organização de contas não é suficiente; são necessárias estratégias reais para proteger o patrimônio e garantir o poder de compra da família. Este é um trabalho de equipe, que exige transparência e comprometimento de todos os membros para construir uma vida financeira resiliente.
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O impacto da inflação e dos juros no orçamento familiar
A inflação, o aumento persistente e generalizado dos preços, é o maior inimigo do poder de compra. Ela corrói o valor do dinheiro parado e aumenta o custo de vida, especialmente em itens essenciais como alimentação e moradia. Paralelamente, os juros elevados, frequentemente usados como ferramenta para combater a inflação, tornam o crédito mais caro, elevando o custo de financiamentos, empréstimos e dívidas rotativas (como o cartão de crédito e o cheque especial).
Para as famílias, esse cenário se traduz em um orçamento mais apertado e um risco maior de endividamento. De acordo com Teciomar Abila, o primeiro passo para enfrentar este desafio é a consciência do impacto real desses indicadores no dia a dia da casa. É preciso ir além do “olhômetro” e quantificar a perda de poder de compra.
Estratégias reais de defesa contra a inflação
Proteger-se da inflação exige atitude e inteligência na gestão das despesas e dos investimentos.
- Priorização de quitação de dívidas caras: Antes de pensar em investir, é crucial eliminar dívidas com juros altos. Sob a ótica de Teciomar Abila, os juros do rotativo do cartão de crédito, por exemplo, são muito maiores do que qualquer rentabilidade de investimento de baixo risco. A negociação e a substituição dessas dívidas por outras com juros menores (portabilidade de crédito) são estratégias de defesa essenciais;
- Orçamento anti-inflação: O planejamento deve prever o aumento dos preços. Não basta usar os valores do mês passado. A família deve buscar ativamente a otimização de custos, como pesquisa de preços em supermercados, renegociação de planos de serviço (internet, TV, celular) e a redução do consumo não essencial.
O papel da diversificação na proteção do capital
No campo dos investimentos, a proteção contra juros e inflação se dá pela diversificação estratégica. Não é sábio manter grandes quantias em contas correntes ou poupança, pois o rendimento não acompanha a inflação.
É recomendável buscar ativos que ofereçam rentabilidade atrelada a índices de inflação, como o IPCA, por meio de títulos públicos (Tesouro IPCA+) e alguns títulos de crédito privado. Como alude Teciomar Abila, a alocação em investimentos de Renda Variável, como ações de empresas sólidas ou Fundos Imobiliários (FIIs), pode oferecer um potencial de retorno acima da inflação no longo prazo.
O diálogo familiar e o alinhamento de metas
O planejamento financeiro familiar não se sustenta sem a cooperação. É fundamental envolver os adultos da casa e, se possível, os filhos mais velhos na discussão sobre orçamento e metas. A transparência sobre a situação financeira e os objetivos (viagem, troca de carro, faculdade dos filhos) transforma a contenção de gastos em um projeto familiar compartilhado, e não em uma imposição.
Como pontua Teciomar Abila, o alinhamento de metas é mais importante do que qualquer planilha. Quando a família trabalha em conjunto por um objetivo comum e bem definido, a disciplina se torna natural.
Enfrentar o ciclo de juros e inflação exige uma postura proativa e estratégica. Um planejamento bem executado é a única forma de garantir que os sonhos da família se tornem realidade, protegendo o capital contra a corrosão do tempo e das condições econômicas adversas.
Autor: Artur Matveev
