Segundo Marcio Velho da Silva, gestor e consultor técnico com ampla experiência em infraestrutura urbana, o saneamento básico é um dos pilares fundamentais para garantir qualidade de vida e prevenir doenças. Ele compreende um conjunto de serviços essenciais para a população, como abastecimento de água potável, coleta e tratamento de esgoto, manejo de resíduos sólidos e drenagem urbana.
Embora muitas vezes negligenciado, o saneamento básico está diretamente ligado à saúde pública e ao desenvolvimento sustentável. Sem acesso adequado a esses serviços, comunidades ficam expostas a riscos sanitários graves, comprometendo não apenas o bem-estar individual, mas também a segurança coletiva.
O que envolve o saneamento básico?
Marcio Velho da Silva explica que o saneamento básico vai além da simples coleta de esgoto. Ele inclui quatro componentes principais, todos interligados:
- Abastecimento de água potável: fornecimento contínuo de água de qualidade, própria para o consumo humano.
- Coleta e tratamento de esgoto sanitário: remoção segura dos dejetos domésticos e industriais, com posterior tratamento adequado.
- Manejo de resíduos sólidos: coleta, transporte, reciclagem e destinação final adequada do lixo urbano.
- Drenagem e manejo das águas pluviais: controle das águas da chuva, evitando enchentes, erosões e proliferação de doenças.
De acordo com Marcio Velho da Silva, cada um desses elementos é indispensável para garantir a segurança sanitária da população e preservar o meio ambiente. A relação entre saneamento básico e saúde pública é direta e comprovada. A ausência desses serviços favorece a disseminação de doenças como hepatite A, cólera, leptospirose, dengue, diarreias infecciosas e outras enfermidades relacionadas à contaminação da água e ao descarte inadequado de resíduos.

A Organização Mundial da Saúde estima que milhões de mortes poderiam ser evitadas anualmente com a universalização do saneamento. Investimentos nessa área reduzem significativamente os gastos públicos com tratamentos hospitalares, além de aumentar a produtividade e a frequência escolar, especialmente em regiões vulneráveis.
Quais são os impactos sociais e econômicos da falta de saneamento?
A carência de saneamento básico afeta toda a estrutura social. Crianças e idosos são os mais vulneráveis a doenças de veiculação hídrica. Além disso, populações sem acesso a esses serviços têm menor qualidade de vida, enfrentam exclusão social e possuem menos oportunidades de desenvolvimento econômico. A falta de saneamento adequado também afeta a valorização de imóveis, desestimula o turismo e compromete o crescimento sustentável das cidades.
Segundo Marcio Velho da Silva, o retorno dos investimentos em saneamento é expressivo, já que cada real aplicado na área gera economia futura em saúde e melhora diversos indicadores socioeconômicos. Apesar da sua importância, o saneamento básico ainda não é realidade para todos os brasileiros. As principais barreiras para a sua universalização incluem:
- Falta de investimentos consistentes
- Desigualdade regional no acesso aos serviços
- Gestão ineficiente dos recursos públicos
- Infraestrutura deficiente em áreas rurais e periferias urbanas
Por que o saneamento é essencial para o meio ambiente?
Conforme destaca Marcio Velho da Silva, priorizar o saneamento básico é investir na saúde, na dignidade humana e no futuro das próximas gerações. Além dos benefícios para a saúde pública, o saneamento básico tem papel decisivo na preservação ambiental. O tratamento adequado do esgoto evita a contaminação de rios, lagos e lençóis freáticos. O manejo correto do lixo reduz a poluição do solo e do ar, além de prevenir a formação de lixões irregulares e o descarte ilegal.
Por fim, o saneamento básico não é somente uma questão técnica, mas uma demanda urgente de saúde pública e justiça social. Garantir acesso universal a esses serviços é fundamental para prevenir doenças, proteger o meio ambiente e promover o desenvolvimento sustentável. Com planejamento adequado, investimentos contínuos e participação social ativa, o Brasil pode avançar rumo a um cenário mais justo e saudável para todos.
Autor: Artur Matveev