Oluwatosin Tolulope Ajidahun enfatiza que a infertilidade não está relacionada apenas a fatores genéticos ou a condições médicas já conhecidas. O ambiente em que uma pessoa vive exerce influência direta sobre sua saúde reprodutiva, e a exposição ao tabagismo passivo é um dos riscos mais subestimados. Inalar a fumaça do cigarro, mesmo sem ser fumante ativo, pode comprometer a fertilidade de homens e mulheres, reduzindo as chances de concepção natural e aumentando as dificuldades em tratamentos de reprodução assistida. Trata-se de um problema silencioso, que muitas vezes passa despercebido no cotidiano, mas que pode gerar consequências profundas ao longo da vida reprodutiva.
Como o tabagismo passivo afeta a fertilidade feminina
A fumaça do cigarro contém milhares de substâncias tóxicas, incluindo metais pesados e radicais livres que interferem na função reprodutiva. De acordo com Tosyn Lopes, mulheres expostas frequentemente ao tabagismo passivo apresentam maior risco de irregularidades no ciclo menstrual e alterações hormonais que comprometem a ovulação. Além disso, a qualidade dos óvulos pode ser prejudicada, o que impacta diretamente as chances de fecundação e implantação embrionária.
Outro fator preocupante é o aumento da probabilidade de falhas em tratamentos como a fertilização in vitro. Pesquisas indicam que a receptividade endometrial pode ser reduzida quando há contato constante com a fumaça do cigarro, dificultando a fixação do embrião e reduzindo as taxas de sucesso gestacional. Em alguns casos, até mesmo mulheres jovens, que em tese deveriam ter boa reserva ovariana, apresentam dificuldades maiores para engravidar quando convivem de forma prolongada em ambientes com fumantes.

Efeitos do tabagismo passivo sobre a fertilidade masculina
No caso dos homens, os danos também são significativos. Segundo Oluwatosin Tolulope Ajidahun, o tabagismo passivo compromete a qualidade do sêmen, provocando redução na concentração de espermatozoides, alterações na motilidade e falhas na morfologia. Esses fatores, somados, diminuem a capacidade de fertilização natural e tornam o processo reprodutivo mais desafiador.
Ademais, substâncias tóxicas presentes na fumaça aumentam o estresse oxidativo no organismo masculino, o que pode gerar fragmentações no DNA dos espermatozoides. Esse efeito reduz não apenas as chances de fecundação, mas também a viabilidade do embrião, aumentando o risco de abortamentos precoces. É importante ressaltar que o impacto não depende apenas da quantidade de fumaça inalada: mesmo pequenas exposições repetidas já podem comprometer a saúde reprodutiva masculina.
Estratégias para reduzir os impactos da exposição ambiental
Evitar o tabagismo passivo é um passo essencial para preservar a fertilidade. Conforme frisa Tosyn Lopes, medidas simples, como não frequentar ambientes fechados onde há fumantes, manter boa ventilação em locais compartilhados e conscientizar familiares sobre os riscos, podem trazer benefícios diretos à saúde reprodutiva.
Em situações onde a exposição é inevitável, adotar hábitos saudáveis pode minimizar os danos. Uma alimentação rica em antioxidantes, com frutas, vegetais e oleaginosas, ajuda a combater os radicais livres gerados pela fumaça. A prática regular de exercícios físicos e a manutenção de um sono reparador também contribuem para equilibrar o sistema hormonal e reduzir os efeitos tóxicos no organismo.
Para casais em tratamento de infertilidade, médicos recomendam avaliar o histórico de exposição ao tabagismo passivo como parte do diagnóstico. Essa informação pode ser determinante para escolher a estratégia terapêutica mais adequada e aumentar as chances de sucesso nos procedimentos reprodutivos. O reconhecimento precoce desse fator de risco é, portanto, um diferencial no cuidado médico.
Tabagismo passivo: o inimigo invisível da concepção
Oluwatosin Tolulope Ajidahun analisa que o tabagismo passivo deve ser visto como um inimigo invisível da fertilidade. Seus efeitos, muitas vezes despercebidos, são capazes de comprometer tanto a qualidade dos gametas quanto a receptividade uterina, dificultando a concretização do sonho da maternidade ou paternidade.
Reconhecer esse risco é o primeiro passo para adotar medidas de proteção. Ao priorizar ambientes livres da fumaça do cigarro e adotar escolhas de vida mais saudáveis, homens e mulheres ampliam suas chances de conceber e de garantir uma gestação saudável. O cuidado com a fertilidade começa também pelo ar que se respira, e por isso afastar-se da exposição ao tabagismo passivo deve ser encarado como uma atitude de responsabilidade para quem planeja o futuro reprodutivo.
Autor: Artur Matveev
As imagens divulgadas neste post foram fornecidas por Oluwatosin Tolulope Ajidahun, sendo este responsável legal pela autorização de uso da imagem de todas as pessoas nelas retratadas.