Três pessoas foram presas suspeitas de integrarem um grupo especializado em furtos de residências de alto e médio padrão em todo o Estado. A operação policial coordenada pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Avaré (SP) cumpriu mandados nesta terça-feira (11) em ao menos três cidades.
A ação, batizada de “Confractus”, foi desencadeada após investigação iniciada após o furto de uma residência de luxo em Avaré, ocorrido no mês de fevereiro deste ano.
Para o delegado Fabiano Ribeiro Ferreira da Silva, o sucesso da operação “Confractus” representa um avanço significativo no combate ao crime organizado. “Durante o monitoramento que fizemos constatamos que esse grupo criminoso foi o responsável por mais de 20 furtos. A investigação não para por aqui. Vamos prosseguir com o objetivo de prender mais integrantes”, destacou.
A operação mobilizou mais de 40 policiais, que cumpriram três mandados de prisão e 11 mandados de busca e apreensão domiciliar simultaneamente nas cidades de Embu das Artes, Taboão da Serra e São Paulo, capital.
A apuração da DIG revelou que a associação criminosa estava sediada em São Paulo, mas atuava em várias regiões do Estado, incluindo Sorocaba, Campinas e Grande São Paulo. A quadrilha atuava de forma organizada e sistemática, deslocando-se entre as cidades-alvo para cometer os furtos.
Seu modus operandi incluía tocar a campainha das residências para verificar a ausência dos moradores antes de arrombar as casas e subtrair objetos de valor. Estratégias como a troca frequente de placas veiculares e o uso de veículos furtados dificultavam a identificação pela polícia.
Segundo a polícia, os alvos da ação são conhecidos por sua periculosidade e envolvimento em crimes anteriores, entre os quais delitos contra o patrimônio, uso de documento falso e posse irregular de arma de fogo.
Durante as buscas, os policiais apreenderam veículos de luxo, sendo um deles, da marca BMW, com queixa de furto. Foram apreendidos também joias, relógios, televisores, perfumes importados e outros objetos relacionados aos furtos cometidos pelo grupo. As prisões são temporárias, mas poderão ser convertidas em preventivas devido às evidências reunidas durante a operação.
Entre os investigados está um indivíduo com extenso histórico criminal, já condenado a 24 anos de prisão por furto, roubo e uso de documento falso, e outros membros de destaque no grupo. Um deles é um egresso do sistema prisional, com antecedentes por receptação e roubo. Uma mulher que já foi presa por estar na posse de um fuzil também é investigada.
A ação contou com o apoio operacional do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (DOPE), por meio do Grupo Especial de Reação (GER) e do Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (GARRA), de São Paulo, e da Divisão Estadual de Investigações Criminais (DEIC), através do Grupo de Operações Especiais (GOE), de Sorocaba, além das Delegacias Seccionais de Sorocaba, Itapeva, Botucatu e Itapetininga.