Mais de 40 policiais civis estão nas ruas para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão contra uma quadrilha especializada em furtos de casas de médio e alto padrão no interior paulista. A Operação Confractus teve início nesta terça-feira (11) na região de Avaré. Ordens judiciais também são cumpridas em Embu das Artes, Taboão da Serra e na capital paulista.
Quatro suspeitos, sendo três homens e uma mulher, foram presos no início da manhã. As equipes também apreenderam objetos subtraídos das vítimas, como joias, relógios e veículos. A operação ainda está em andamento.
As investigações iniciaram em fevereiro após o roubo de uma casa de alto padrão em Avaré. Na ocasião, os suspeitos levaram equipamentos eletrônicos, celulares, joias e uma pistola.
As equipes descobriram que a quadrilha atuava de forma organizada e, por vezes, se deslocava da cidade de São Paulo até outros municípios do interior para efetuar os crimes. O “modus operandi” consistia em tocar a campainha das residências para verificar se havia ou não moradores. Caso negativo, o grupo arrombava as portas e furtava os objetos de valor.
Eles também faziam trocas de placas de veículos frequentemente e usavam os carros furtados ou roubados para o transporte dos bens subtraídos. Os suspeitos ainda usavam várias linhas telefônicas para impedir a identificação dos envolvidos.
Líderes da quadrilha são ex-detentos
Os alvos da operação são conhecidos por agirem com violência e por terem uma ficha criminal extensa, conforme a Polícia Civil. O líder do bando já foi condenado a 24 anos de prisão por furto, roubo e uso de documento falso.
Assim como o líder, um dos integrantes da quadrilha também é egresso do sistema prisional por receptação e roubo. Ele era responsável pela comunicação com os comparsas durante os delitos.
Duas mulheres também são procuradas por suspeita de integrar o bando. Uma delas já é conhecida pelas autoridades porque esteve sob custódia por posse ilegal de arma, sendo detida com um fuzil calibre 5.56 em Presidente Venceslau. A suspeita tinha um papel ativo na logística e abastecimento de armamentos da quadrilha.
A Polícia Civil de Avaré é a responsável pela ação e conta com o apoio da Divisão de Investigação sobre Entorpecentes (Dise) da cidade, do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope) de São Paulo, do Grupo de Operações Especiais de Sorocaba, bem como das Seccionais de Polícia de Itapeva, Botucatu e Itapetinga.